Pages

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os superpoderes que o amor não tem




Eu  achava que  o amor por si só sustentava toda uma relação.Eu sempre acreditei naquela história feliz de que o amor supera e até cura tudo.Passei quase a vida toda jogando  para cima do amor todas as responsabilidades,como se ele fosse um sentimento de deuses,cheio de poderes mágicos e imortais.Na real o amor é frágil,pode se quebrar com um simples esbarrão.Os fortes somos nós, que conseguimos recolher os cacos pelo chão.Conseguimos seguir em frente,dando sorrisos,com a esperança de que as cicatrizes se regenerem e desapareçam por completo,de sermos inteiros novamente.Às vezes partimos sangrando.Ou,escolhemos ficar e deixar que quem  nos feriu ajude a limpar os ferimentos.
Seja como for,inteiro ou quebrado,esse sentimento não deixa de ser o que é.Sua estrutura pode ser alterada,pode ser que ele fique defasado,rastejante num chão fétido ,mas o amor,apesar de frágil,consegue manter-se amor até a última gota;essa gota ,fica num canto exclusivo e esquecido ,de propósito ,em um espaço dentro da gente.O único resquício do que um dia já foi um oceano inteiro.Mas o tempo,as dores,as palavras não ditas,cumprem o papel de reduzir a um pingo.
E no fundo esperamos  por alguém que não deixe o oceano secar;alguém que transborde e, junto com a gente cate os pratos quebrados, ao invés de esperar a louça inteira  quebrar.
Pelo amor podemos sim virar deuses! Mas o amor..ah,o amor,ele não tem poderes mágicos,não.Ele tem é  muitos pontos fracos,tipo a criptonita para o Superman,e a nós cabe lutar pelo bem e para o bem do amor.O amor que vale a vida,o amor que vale o risco.


Nenhum comentário:

Postar um comentário